Projeto “Sesc Pantanal: Recuperando e Protegendo” transforma desafios em conquistas para a preservação ambiental

Por Funatura

12 de julho de 2023

No coração do Pantanal, uma das regiões mais ricas em biodiversidade do planeta, o projeto “Sesc Pantanal: Recuperando e Protegendo” tem se destacado por suas realizações na recuperação de áreas degradadas e na proteção contra os impactos devastadores dos incêndios florestais. Desenvolvido pela Funatura em parceria com o Polo Ambiental do SESC Pantanal, o projeto visa atender prioridades delineadas nos Planos de Recuperação de Áreas Degradadas e de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais.

O objetivo central do projeto é a recuperação de 30 hectares de áreas de mata seca na Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Sesc Pantanal, a maior RPPN do Brasil, que abrange 108 mil hectares. A relevância do Pantanal para o meio ambiente é inquestionável, sendo considerado Patrimônio Natural da Humanidade e Reserva da Biosfera pela UNESCO. A legislação estadual é rigorosa, exigindo a preservação de 50% da cobertura natural, o que torna as ações do projeto ainda mais cruciais.

Cesar Victor do Espírito Santo, coordenador do projeto pela Funatura, destaca a abordagem abrangente, envolvendo não apenas a recuperação das áreas degradadas, mas também a preparação e implementação do Plano de Manejo Integrado do Fogo (MIF). Através de capacitações e aquisição de equipamentos, o projeto fortalece as brigadas locais e promove a participação ativa da comunidade no combate ao fogo.

Um aspecto fundamental do projeto é a criação de viveiros comunitários nas comunidades de Capão de Angico (Poconé/MT) e São Pedro de Joselândia (Barão de Melgaço/MT). Esses viveiros não apenas produzem mudas com uma ampla diversidade de espécies, mas também geram trabalho e renda local. Além disso, constituem um componente essencial de Educação Ambiental, incentivando o engajamento das comunidades na preservação do Pantanal.

Desde o final de 2022, aproximadamente 7 hectares já receberam o plantio, marcando o início do processo de regeneração das áreas secas e tabocais. A equipe liderada pela Professora Dra. Cátia Nunes está realizando visitas a campo para entender as necessidades específicas de cada área, garantindo um plantio estratégico que leve em consideração as peculiaridades biodiversas.

A meta de recuperar 30 hectares até agora tem sido conduzida com sucesso, e os próximos 23 hectares já estão sendo estudados para o próximo ciclo de plantio, programado para agosto, quando o Pantanal estará fora do período de cheias. A visita de campo é destacada pela Dra. Cátia como um fator decisivo para o desenvolvimento de uma estratégia eficaz que promova uma regeneração real e um enriquecimento ambiental das áreas.

A Reserva Particular do Patrimônio Natural, declarada Zona-Núcleo da Reserva da Biosfera do Pantanal pela UNESCO em 2000 e reconhecida como Sítio Ramsar em 2003, é o foco principal das ações do projeto. Com objetivos que incluem preservar ecossistemas, biodiversidade, espécies ameaçadas, entre outros, a RPPN serve como um modelo exemplar de conservação em consonância com a legislação vigente.

O projeto “Sesc Pantanal: Recuperando e Protegendo” não apenas responde às necessidades críticas do ecossistema pantaneiro, mas também representa um modelo de colaboração entre organizações, comunidades locais e pesquisadores. As ações empreendidas estão alinhadas com a missão de proteger esse tesouro natural e assegurar que as futuras gerações possam desfrutar da magnífica biodiversidade do Pantanal.

A saber: O projeto “Projeto RPPN Sesc Pantanal – Recuperando e Protegendo” é realizado pela Fundação Pró-Natureza (Funatura), em parceria com o Polo Socioambiental Sesc Pantanal / RPPN Sesc Pantanal e apoio da instituição Mulheres do Pantanal (Mupan), da Wet Lands International e do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Áreas Úmidas (INAU). Conta com o financiamento do Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF) por meio do Projeto Estratégias de Conservação, Recuperação e Manejo para a Biodiversidade da Caatinga, Pampa e Pantanal (GEF Terrestre), coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), com as agências Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) como implementador e o Fundo Brasileiro de Biodiversidade (FUNBIO) como executor.

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