Fomos à Fenabaru e voltamos com a mala cheia!

Por Funatura

27 de outubro de 2022

Arinos, município do noroeste mineiro, é famoso por ser a capital do Baru. É a região com maior número de baruzeiros em extensão e densidade que se tem conhecimento. Para valorizar essa riqueza cerratense, desde 2017 Arinos promove a Festa Nacional do Baru – Fenabaru, que esse ano realizou sua quarta edição, e a equipe da Funatura marcou presença no evento. O evento foi organizado pela Copabase liderada por sua Gerente Dionete Figueiredo, para sua realização contou com o apoio da prefeitura de Arinos,  SEBRAE, EMATER Minas Gerais e Central Veredas. Contou com participações de parceiros importantes como IEB, Conexsus e Fundação Banco do Brasil.

Segundo Cesar Victor, Coordenador de projetos da Funatura, “o baru tem sido um dos produtos da biodiversidade do Cerrado mais importantes para a geração de renda de comunidades locais. Por isso, estivemos nesse evento para falar de ações para o fortalecimento da cadeia produtiva do baru e também de outros produtos do Cerrado”.

Com foco em ações a partir de 2023, a Funatura está elaborando projetos de fomento à cadeia produtiva e a geração de trabalho e renda, advindas de ações sustentáveis que mantenham o Cerrado em pé, preservado e em constante restauração.

Para o Superintendente da Funatura, Pedro Bruzzi, a participação na Fenabaru teve como objetivo reafirmar o compromisso da fundação com uma agenda positiva para as cadeias produtivas do Baru. Pedro acredita que a região tem um grande potencial para a implementação de APL – Arranjo Produtivo Local. “Esse mecanismo do APL faz com que o trabalho seja ainda mais cooperativo, com aprendizagem compartilhada, e tem ganhos para todos os setores envolvidos”, reforça.

A participação na feira foi essencial para dialogar e entender as necessidades reais das comunidades e do território das Gerais. Bem como somar forças à valorização da ecogastronomia e da cultura local, temas da feira.

Na mesa de diálogo da Fenabaru, a Funatura esteve ao lado de grandes parceiros que também atuam no território como a Central do Cerrado, o Instituto Conexos, o Núcleo do Pequi, o WWF Brasil, entre outros. Todos apresentando seus projetos e trocando saberes e ideias para o desenvolvimento das cadeias produtivas do Baru.

A Funatura falou sobre a importância de olhar para o território na perspectiva do Mosaico Sertão Veredas – Peruaçu, observando as diferentes realidades do território, que vão da conservação ambiental ao extrativismo e à agricultura. Cesar e Pedro trouxeram elementos consolidados no Plano de Desenvolvimento Territorial de Base Conservacionista (DTBC) do Mosaico. O Plano foi desenvolvido pela Funatura para promover o desenvolvimento da região em bases sustentáveis e integrado ao manejo das unidades de conservação e demais áreas protegidas do Mosaico. Ele visa a união entre o extrativismo vegetal, o turismo ecocultural e a gestão integrada das áreas protegidas. (Leia o Plano clicando aqui).

Na mala de volta a Brasília não faltou castanha de baru e nem novas ideias para os bons projetos que estão germinando, não só para a cadeia produtiva do Baru, mas também para outras riquezas do Cerrado como pequi, buriti, fava d’anta, cagaita, mangaba, cajuzinho-do-cerrado, araticum, coquinho azedo, abacaxi-do-cerrado e muito mais.

Baru, a castanha que é um sucesso!

A castanha de baru (Dipteryx alata), antes considerada uma iguaria exótica, se tornou popular e muito apreciada em todo o Brasil. Rica em vitamina E, zinco, ferro, potássio, cálcio, fósforo, magnésio e ácidos graxos, a oleaginosa tem propriedades antioxidantes, além de um sabor delicioso e marcante.

Cada fruto do baruzeiro tem uma única castanha e sua extração requer técnica e força, pois está envolta em uma polpa bastante dura. A espécie também conhecida como cumaru e cambaru, também é explorada por causa de sua madeira, que possui reconhecida resistência e qualidade, com propriedades fungicidas. Apesar de existir em abundância em Arinos e região, a árvore está em risco de extinção pela exploração predatória de sua madeira.

Em Arinos, o extrativismo do baru tem promovido a geração de renda, autonomia e o resgate da autoestima de famílias de extrativistas e de agricultores. São mais de 500 famílias envolvidas nessa cadeia produtiva, contribuindo de maneira efetiva para a conservação do Cerrado.

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