No Jalapão (TO), um casal de patos-mergulhões gerou uma bela ninhada de oito patinhos filhotes. Trata-se de um marco significativo para a conservação, uma vez que existem apenas 200 patos-mergulhões na natureza. Nessa região específica do Jalapão, Rio Novo, são só 25 indivíduos adultos.
Os patinhos-mergulhões nasceram com ajuda da ciência. Os pesquisadores Paulo Antas, da Funatura, e Marcelo Barbosa, do Instituto Natureza do Tocantins (Naturantins), desenvolveram um novo método para proteger os ninhos de pato-mergulhão no rio Novo, região do Jalapão, Tocantins.
As fêmeas da espécie fazem seus ninhos em cavidades naturais das árvores. Com apoio de estudantes da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), técnicas de manejo no buraco de entrada dos ninhos melhoraram a proteção contra predadores como o falcão negro e a lontra.
Esse trabalho mostrou-se crucial para minimizar eventos de predação e aumentar o sucesso reprodutivo do pato-mergulhão: no dia 30 de julho, os patinhos nasceram, e renovaram a esperança na conservação da espécie.
Registro dos filhotinhos foi feito pelos mestrandos Janaína Silva e Franciel Lima, do Laboratório de Ornitologia da UEMA. Os pesquisadores continuam monitorando a família, estudando seu comportamento e atividades.
O pato-mergulhão é uma espécie muito sensível à qualidade da água. Sua presença reflete diretamente o estado de conservação dos rios e lagos. Por isso é conhecido como o “embaixador das águas”.
A Funatura estuda os gargalos reprodutivos do pato-mergulhão com financiamento do Fundo de Espécies Ameaçadas Mohamed bin Zayed, dos Emirados Árabes Unidos. Pesquisa tem parceria com o Naturatins e a UEMA, e apoio da Reserva Conservacionista Piracema e do Instituto de Desenvolvimento Rural do Estado do Tocantins (Ruraltins).
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