A Funatura entregou os Planos de Manejo e de Uso Público do Parque Estadual da Serra de Caldas Novas (Pescan), elaborados com a participação de representantes de entes governamentais, da iniciativa privada, grupos e organizações da sociedade civil e pesquisadores.
O trabalho contou com uma equipe multidisciplinar de biólogos, geólogos, engenheiros florestais, geógrafa e engenheira cartógrafa, que produziram estudos sobre a socioeconomia, meio físico e meio biótico – fauna e flora da unidade de conservação (UC).
O Pescan foi criado em 1970 para proteger a área de captação da chuva que abastece o lençol termal, onde ocorre a geotermia que gera o grande atrativo turístico do primeiro parque do estado de Goiás.
Em virtude da pandemia, a oficina para elaboração dos planos foi realizada em ambiente virtual e de forma conjunta nos meses de julho e agosto de 2021.
PLANO DE MANEJO
O Plano de Manejo é o documento técnico no qual se estabelece o zoneamento ambiental e as normas que devem regular o uso da área e o manejo dos recursos naturais, inclusive a implantação das estruturas físicas necessárias à gestão da UC.
“É um instrumento dinâmico de gestão. À medida que as diretrizes apresentadas neste documento forem implementadas, deverão ser avaliadas e, se for necessário, devem ser adaptadas”, ressalta a coordenadora do trabalho, a geógrafa e consultora de projetos da Funatura, Mara Moscoso.
A revisão da elaboração do plano de manejo foi orientada pelo Roteiro Metodológico para Elaboração de Planos de Manejo em Unidades de Conservação Federais do Instituto Chico Mendes de Consevaçãoo da Biodiversidade (ICMBio) de 2018.
“A utilização da metodologia do ICMBio com a participação de todos os stakeholders do projeto, em nove reuniões virtuais, permitiu a elaboração de um documento final moderno, de acordo com as normas atuais, com excelência técnica e que foi muito bem recebido pelos atores envolvidos”, comemora o superintende executivo da Funatura, Pedro Bruzzi.
PLANO DE USO PÚBLICO
O Plano de Uso Público está fundamentado nas informações técnicas sobre o meio físico, meio biótico e fatores socioeconômicos do Pescan. Está alinhado com o zoneamento e normas do Plano de Manejo (2021) e busca valorizar e desenvolver de forma sustentável a vocação e os atrativos turísticos da UC, atendendo às demandas de diferentes públicos e garantindo a perenidade dos recursos naturais.
Este foi o primeiro Plano de Uso Público do Parque. “É um documento técnico não normativo e essencialmente programático que contempla as estratégias, diretrizes e prioridades de gestão, com o objetivo de estimular o uso público, orientar o manejo, aprimorar as experiências e diversificar as oportunidades de visitação na unidade de conservação”, explica Mara Moscoso.
Para elaboração, foi utilizada a metodologia do ICMBio denominada Rol de Oportunidades de Visitação em Unidades de Conservação, de 2018.
AVANÇOS
Para a coordenadora do projeto, o Plano de Uso Público trouxe grandes avanços. “Apesar da região turística das águas quentes – Caldas Novas e Rio Quente – ser um dos destinos mais procurados no Brasil, poucos turistas visitam o parque ou sequer sabem da sua existência”, conta.
“Classificamos as experiências de uso público por meio da definição de três setores e trilhas com a localização dos atrativos. Ao todo, foram mapeadas 24 trilhas, das quais três estão sendo propostas pela Funatura, todas interligadas por um circuito no âmbito do Projeto Conexão Pema-Pescan, no território do corredor ecológico que interliga o Pescan ao Parque Estadual da Mata Atlântica”, destaca Mara.
Confira a íntegra dos planos no site da Semad/GO.