Flor do Pequizeiro/Caryocar brasilense. Foto: Milton Goes
Por Pedro Bruzzi, diretor executivo da Funatura
Neste 21 de setembro de 2021, como de costume, viemos em família do Jardim Botânico para o Plano Piloto, deixar o filho na escola e ir trabalhar no escritório da Funatura na Asa Norte. O que chamou a atenção foi a vista na descida para a Ponte JK, uma atmosfera densa de poluição e poeira. Vivemos os dias mais secos do ano em Brasília – a previsão hoje é de 12% de umidade mínima relativa do ar e uma temperatura máxima de 38oC.
Assim, inicia o Dia da Árvore por aqui. As plataformas de monitoramento da vegetação indicam os maiores desmatamentos e incêndios da história, no Cerrado, Amazônia e Pantanal. Estamos perdendo os mananciais e as fontes de água, os solos agricultáveis e a nossa biodiversidade única! De forma desnecessária, ignorante e inconsequente.
As notícias de queimadas na região da Chapada dos Veadeiros e no Pantanal se multiplicam e aumentam as preocupações. Não podemos parar. Nós, da Funatura, e nossos pares ambientalistas precisamos reunir forças, onde quer que seja, para seguir com o trabalho.
Esse Dia foi escolhido por coincidir com o início da primavera no hemisfério sul – quanto simbolismo reúnem a árvore e a primavera! O objetivo da data é ampliar a consciência da sociedade em relação à importância do meio ambiente.
Esperamos que as árvores, com suas raízes, possam nos inspirar na busca por conhecimento e compreensão, como fazem na incessante procura por água e nutrientes; que suas copas tão belas e generosas nos ensinem a transformar gás carbônico em açúcar, ódio em amor, ignorância em sabedoria.
Que essa primavera possa vir sobre o nosso Cerrado e sobre a nossa linda capital em consciência e renovação, que possamos perceber, compreender e agir em benefício das nossas chapadas, rios e cachoeiras, dos tamanduás, lobos e pássaros. Antes que seja tarde, pois como disse o professor: a natureza não se defende, ela se vinga.