No entorno da fábrica de produção de celulose da Eldorado Brasil Celulose S.A., no município de Três Lagoas (MS), a Funatura monitora as espécies de fauna e flora que vivem nesta região de alta biodiversidade, na transição entre os biomas Mata Atlântica e Cerrado. Em fevereiro, a equipe técnica detectou mais duas novas espécies de aves que ainda não haviam sido registradas: o gaviãozinho e o maçarico migratório.
O gaviãozinho (Gampsonyix swainsoni) é um dos menores predadores do grupo dos gaviões em todo o planeta. Medindo de 20 a 28 cm de comprimento, ele vive em formações vegetais mais abertas, como cerrados e campos cerrados, campinas com árvores e até mesmo em áreas semiurbanizadas.
Por sua vez, o maçarico migratório (Calidris melanotos), que migra do Ártico canadense e do Alasca para o Brasil a partir de agosto, principalmente pelo interior do país, onde fica até o final de março. Essa espécie de maçarico é registrada ela primeira vez no município de Três Lagoas, conforme a bibliografia especializada.
Equipe de pesquisadores da Funatura
Desde 2024, a Funatura já registrou a presença de 273 espécies, o que corresponde a 43% das aves do Mato Grosso do Sul, na área de reserva da fábrica. No ano passado, a coruja-do-banhado foi registrada pela primeira vez no município de Três Lagoas.
As novas espécies de aves foram encontradas na fazenda do entorno da área fabril da Eldorado Brasil. No mês março houve outra etapa de monitoramento de fauna, desta vez nas fazendas Serrinha e Canoas, nos municípios de Três Lagoas e Selvíria.
Desde 2024, a Funatura assumiu a responsabilidade pelo monitoramento da biodiversidade nas reservas de vegetação nativa no entorno da fábrica de produção de celulose da Eldorado Brasil Celulose. O objetivo é acompanhar como a natureza local responde às operações da empresa e à recuperação das áreas que, antes da aquisição pela empresa, serviam de pasto para a pecuária.