Funatura participa da formação da Rede de Agentes Voluntários contra incêndios no Pantanal

Por Funatura

13 de maio de 2022

Formação da Rede de Agentes Voluntários contra incêndios no Pantanal

Como prevenir e combater incêndios florestais. Esse foi o tema da formação de Agentes Voluntários realizada pelo Sesc Pantanal juntamente com a Funatura – Fundação Pró-Natureza, em parceria com o Corpo de Bombeiros e a SOS Pantanal.

Durante dois dias (10 e 11/05), moradores das comunidades de Barra do Piraim, Cirilo e Corixão Moquem foram capacitados para contribuir com o combate ao fogo. As comunidades fazem limite com a Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Sesc Pantanal, em Barão de Melgaço – MT, que há cerca de 2 anos teve grande parte de sua área devastada pelo maior incêndio da história do Pantanal Mato-Grossense.

Um dos instrutores da ação, Paulo Barroso explica que a formação tem o objetivo de instituir a figura do Agente Voluntário, capacitando 3 agentes em cada comunidade para que estejam aptos a combater pequenos focos de incêndio. Para isso, além das instruções de combate, cada participante recebeu um kit com Equipamentos de Proteção Individual (EPI), contendo luva, balaclava, óculos, bota, perneira, bomba costal e abafadores. Outro papel fundamental dos agentes é o de orientar a população sobre preventivos básicos, como realizar aceiros próximo às edificações para que elas não sejam atingidas por um possível incêndio e também sobre a importância de comunicar de imediato às brigadas e ao Corpo de Bombeiros ao avistar fogo ou fumaça na região. Nesta etapa foram capacitados 60 voluntários.

Formação da Rede de Agentes Voluntários contra incêndios no Pantanal

Coronel da Reserva do Corpo de Bombeiros do Mato Grosso e Coordenador Técnico dos Incêndios Florestais do SOS Pantanal, Barroso tem grande expertise no tema e enfatiza a relevância das ações de prevenção. “O primeiro princípio dos incêndios florestais é que todo incêndio começa pequeno. Quando pequeno, um pisão, um assopro ou uma batida de abafador pode apagar o que seria um grande incêndio. Por isso, estamos nos apoiando nesse princípio de combate ao fogo”, ensina.

Formação da Rede de Agentes Voluntários contra incêndios no Pantanal

A ação faz parte do projeto “RPPN Sesc Pantanal, Recuperando e Protegendo”, que tem a Funatura e o Sesc Pantanal como realizadores, por isso, Cesar Victor, coordenador do projeto pela Funatura, viajou de Brasília até Barão de Melgaço para acompanhar a formação. “Queremos estabelecer uma rede permanente de comunicação via WhatsApp para alertar sobre qualquer evento de fogo, para que haja uma resposta rápida. Queremos que seja um trabalho integrado, uma união em prol do Pantanal”, explica Cesar.

Para Barroso, a ideia é capilarizar essa formação nas comunidades ribeirinhas para que elas possam passar a informação adiante. “Estamos nos antecipando para evitar grandes desastres, e para isso a gente precisa localizar o incêndio rapidamente”, aponta Barroso, que ensina aos agentes voluntários o uso do aplicativo Timestamp para descobrir as coordenadas aproximadas do incêndio e assim enviar informações mais precisas às equipes de combate ao fogo.

Em breve, a formação será estendida a outras comunidades para fortalecer a rede de agentes voluntários. Além disso, a Funatura está iniciando o Plano Integrado de Manejo do Fogo e o Plano de Recuperação de Áreas Degradadas, que são as duas áreas nas quais a Fundação atua nessa parceria.

Formação da Rede de Agentes Voluntários contra incêndios no Pantanal

Quem faz acontecer
A Rede de agentes voluntários contra incêndios no Pantanal é realizado pelo Polo Socioambiental Sesc Pantanal e a Fundação Pró-Natureza (Funatura), com apoio das Ongs Mulheres em Ação no Pantanal (Mupan) e Wetlands International, Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Áreas Úmidas (INAU), Instituto SOS Pantanal, Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Mato Grosso, com financiamento do Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF) por meio do Projeto Estratégias de Conservação, Recuperação e Manejo para a Biodiversidade da Caatinga, Pampa e Pantanal (GEF Terrestre), coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), com as agências Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) como implementador e o Fundo Brasileiro de Biodiversidade (FUNBIO) como executor.

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